Canal do Panamá:
Texto: Airton Engster dos Santos
Imagem: Aepan-ONG - Década 1970
Considerado pelos panamenhos como uma das maravilhas do mundo, o Canal do Panamá é uma obra de engenharia que impressiona tanto pela extensão, como pelo seu mecanismo de funcionamento. Em uma rápida visita, não se demora para descobrir porque o imenso projeto demorou dez anos para ser concluído pelos americanos.
A cada ano, cerca de mil embarcações cruzam seus 81 km de extensão, que possuem três sistemas de eclusas - Gatún, Pedro Miguel e Miraflores. As eclusas servem para subir ou descer em etapas os navios, já que o canal está 26 metros acima do nível do mar. Na eclusa de Miraflores, em área reservada para visitantes, os turistas têm a oportunidade de ver de perto os enormes transatlânticos em operação.
História:
A 15 de agosto de 1914, o navio Ancón passava do Pacífico ao mar das Caraíbas em seis horas. O Canal do Panamá recém inaugurado diminuía em 16.032 km a viagem marítima de costa a costa do Estados Unidos, antes feita através do chamado Périplo Sul-Americano. A distância entre Nova York e Valparaíso (Chile) diminuiu em 60% e até Hong Kong em 30%. Essas vantagens custaram 10 anos de trabalho de 35.500 homens e 371 milhões de dólares.
O Canal do panamá possuí 81 km de comprimento e largura variável de 90 m (Estreito de Culebra) a 350 m (Lago Gatún) e profundidade variando entre 12,5 a 30 m. Os principais problemas enfrentados em sua construção foi o desnível das marés (30 cm no Oceano Atlântico e 3,75 m no Oceano Pacífico) e as altitudes nas área continental (o fundo do Canal chega a atingir a altitude de 29,5 m). Por isso foi necessário construir três sistemas de comportas: Gatún, Pedro Miguel e Miraflores.
No Atlântico a entrada para o Canal do Panamá está na Baía de Limón. Um canal de acesso atravessa 11 km no mar e mais 12 km, no istmo, até a comporta de Gatún, onde o navio é elevado 26 m. Depois o Canal prossegue dentro do lago, artificial de Gatún (167,5 km), atravessa os estreito de Obispo e Culebra, e chega a comporta de Pedro Miguel, onde o navio é baixado 8,4 m para alcançar o nível do Lago Miraflores. Ultrapassando este lago, as últimas comportas põe o navio a nível do mar.
O Canal do Panamá começou a ser construído em 1904. O Panamá recebeu uma compensação de 10 milhões de Dólares pagos pelos Estados Unidos, mais uma compensação anual de 250 mil Dólares aumentada para 430 mil em 1936 e para 1.930 mil em 1955.
A Zona do Canal do Panamá (em língua espanhola espanhol 'Zona del Canal de Panamá') era um território de 1432 km² dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de igual maneira de uma área de 8,1 km de largura de cada lado. Essa zona foi criada também em oito de novembro
de 1903 com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De
1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos da América, que construiu e de igual maneira financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e de igual maneira a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente a fins militares; no entanto, aproximadamente 3000 civis estadunidenses (chamados "'Zonians'") lá habitavam como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou durante o perÍodo em que esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora uma destinação turística, especialmente para navios de cruzeiros.
O Canal foi construído pelos EUA, que o governaram até 2000. Naquele ano, cederam o Canal à soberania panamenha, graças a tratados assinados por Carter e pelo general Omar Torrijos, então chefe de governo do Panamá.